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Pedradas
quarta-feira, março 31, 2004
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Durão Barroso
Entrevista inacreditável. Exposta e comentada no barnabe.
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Duas observações despiciendas acrescidas de uma retratação
1.Nem todos os italianos têm a falta de chá de Berlusconi. Trapattoni, o seleccionador transalpino (este adjectivo é usado, em exclusivo por comentadores de futebol, nunca ouvi, noutro contexto, chamar-se a a algo ou alguém italiano "transalpino"), peca até por excesso de simpatia. Excesso que assumiu tamanhos de ridículo:
-Portugal, Itália e França são os grandes candidatos à vitória na competição- disse ele.
De notar também que incluiu a Itália. Se não o fizesse, O-todo-poderoso-nacionalista-quando-lhe-convém, Silvio, despediria-o de imediato.
Apague-se Portugal e Itália, troque-se o plurar pelo singular...

2. Scolari já adoptou a linguagem-lucro-paradigma da coligação governamental: "Uma derrota atrapalha qualquer empresa". Espera-se uma privatização a qualquer momento. Que tenha o sucesso dos Hospitais S.A..

3. O meu Post anterior foi muito burguês. De quem vê a greve pela janela do carro. Que não se repita.


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Alguém tem de pensar nestas coisas!
O que fazer com as vias reservadas "Bus" em dia de greve?

terça-feira, março 30, 2004
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Criaturas Míticas: O Abominável João César das Neves
Observação
Sou ateu e bom rapaz, sendo que, no entanto, tenho obviamente uma forte matriz cristã na minha formação, combinada com outras heranças humanistas. Nesta perspectiva há uma combinação ideológica que muito me custa compreender: doutrina social da igreja + neo-liberalismo económico.
O primeiro componente, partindo do princípio que julgo correcto, de que no essencial tal doutrina se baseia na mensagem de Cristo, apela à divisão justa das riquezas, a uma justiça social de pendor retributivo, à compreensão da diferença como via para não aceitar como ideal uma sociedade individualista do tipo capitalista selvagem e, enfim, várias outras ideias que resultam como corolários destas. O liberalismo económico assenta em axiomas completamente antitéticos daqueles acima enunciados. Não vale a pena escrever muito sobre isso, é auto-evidente.
A questão: Que coisas estranhas resultarão desta combinação?
A Resposta Por exemplo Cristo a distribuir mais ou menos pão por cada um dos apóstolos, tendo em conta a produtividade anual média de cada um deles? Sim, são Aberrações Abomináveis. Basta ler o que este Professor escreve...
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Dilema partilhado
Se não faço qualquer coisa, estes dois transformam isto no Blitz... por outro lado, o Pedro torpedo é o único membro que escreve sobre assuntos com verdadeiro conhecimento de causa...
Para falar a verdade, na maior parte das vezes, sinto-me um pseudo-diletante e estou, portanto, num registo cuja validade expirou já lá vão cem anos.
Mudanças? Não. Voltarei em breve, escrevendo levianamente sobre tudo e nada.
sábado, março 27, 2004
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A Gralha
Depois de Pinto da Costa se ter referido num tom intimista a Durão Barroso, ai está a segunda prova de que não há promiscuidade entre o futebol e a política:


"Diário da República põe Luís Filipe Vieira no Conselho de Ministros"in publico. Está tudo aqui.


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Refúgio não tanto nos desditos populares quanto no Adiamento
Sofro de um problema crónico: sou a antíntese do "não deixes para amanhã o que podes fazer hoje". Tenho um prazer mórbido naquele nervosismo de ter coisas para ler e não o fazer. Assume tal estranho gozo proporções estúpidas e a consequente úlcera não deve tardar. Temo que vá ser assim até que o prevísivel buraco no estômago me valha uma reforma antecipada. Resta-me um consolo, o de saber que ninguém me poderá acusar de "pôr o carro à frente dos bois". Na verdade restam-me dois, sendo o que agora se reproduz muito melhor do que aquele:

Adiamento

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...

Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,

E assim será possível; mas hoje não...

Não, hoje nada; hoje não posso.

A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,

O sono da minha vida real, intercalado,

O cansaço antecipado e infinito,

Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...

Esta espécie de alma...

Só depois de amanhã...

Hoje quero preparar-me,

Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...

Ele é que é decisivo.

Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...

Amanhã é o dia dos planos.

Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;

Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...

Tenho vontade de chorar,

Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...

Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.

Só depois de amanhã...

Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.

Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...

Depois de amanhã serei outro,

A minha vida triunfar-se-á,

Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático

Serão convocadas por um edital...

Mas por um edital de amanhã...

Hoje quero dormir, redigirei amanhã...

Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?

Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,

Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...

Antes, não...

Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.

Só depois de amanhã...

Tenho sono como o frio de um cão vadio.

Tenho muito sono.

Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...

Sim, talvez só depois de amanhã...

O porvir...

Sim, o porvir...


Álvaro de Campos

quinta-feira, março 25, 2004
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"Durão Baroso vai pedir ajuda à NATO durante o Rock in Rio"in Público
Estou muito muito mais tranquilo. Estava a ficar convencido que ninguém nos ia proteger dos Guns 'n' Roses e da Britney Spears.
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Surpresa
É o meu aniversário. Acordo estremunhado. Na mesinha de cabeceira está o pirmeiro volume da autobiografia de Cavaco Silva. Estarei ainda a sonhar? Não, é verdade e obra (mas sobretudo graça) da minha irmã. Estranho sentido de humor. Felizmente, e apesar de não ter "o meu" farmacêutico, estou munido de fármacos para o estômago.
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O Aviso
"O seu médico ou o seu farmacêutico podem ajudá-lo a deixar de fumar."
Quem tiver "o seu" farmacêutico que atire a primeira pedra. Eu, ignorante, não sei o que seja tal coisa.
terça-feira, março 23, 2004
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Faz o que eu digo não faças o que eu faço
"Israel avisa o Hezbollah para não brincar com o fogo", in Público
Onde foi parar a vergonha?
domingo, março 21, 2004
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Primavera
Porque não há nada tão deliciosamente pagão quanto ela!


"La Primavera" Sandro Boticelli

O pedradas deseja-vos uma doce primavera.

Relembramos os endereços dos que aqui escrevinham. Sintam-se à vontade para nos insultar.
Pedromonizlopes@aeiou.pt
petrusnovarum@hotmail.com (Pedro Torpedo)
Porfirio@sapo.pt

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Cenas de um casamento: porque as aparências iludem
Nada há, aparentemente, mais inofensivo do que o bouquet. Que consequências madrastas poderão advir do cândido acto de se apanhar o bouquet? Nenhumas, ao que parece. Mas a realidade dos factos pode não ser bem esta. As seguintes linhas de ficção pretendem demonstrá-lo.

Ela e Ele vivem juntos. Ambos rondam os trinta anos com uma margem de erro de dois, três anos. Ela quer casar, ele não. O assunto é recorrente e motivo de consumo de psicotrópicos. Vão para o casamento de dois amigos comuns. Ele foi por gasolina, enquanto ela se acaba de arranjar e, espera agora, impaciente, por ela à porta do prédio. Pensa " Pelo menos tenho motivo para me embebedar". Finalmente ela chega e atira para o ar:

- Está-se toda a gente a casar... (suspiro)
-Ahamm Ahamm... Pois... Sabes que só há uma coisa que eu detesto mais do que esperar por alguém e essa coisa é esperar por ti.

A viagem começa, o diálogo acaba.
Passaram umas horas. É um casamento igual aos outros. Chegou a hora do bouqet. Ela agita-se. A noiva atira-o. Ela dá umas cotoveladas nas congéneres, atira-se para o chão e apanha o bouquet... Ouvem-se risos e palmas. Ele vê a cena de longe, sussura um "valha-nos Deus", e bebe o que resta do whiskey de uma vez só. Ela volta, desgrenhada, com dores nos joelhos, mas triunfal. Apanha-o de surpresa:

- Já viste a coincidência? Será um sinal?
- Hã? (engasgando-se com o whiskey) Qual coincidência... Já vi jogadores de basebol esforçarem-se menos...
- A noiva está tão bonita...
- Pois...

Voltam para casa. Vão-se deitar. Ela ainda não largou o bouqet. Ele introverte o seu desespero. Está em pânico. Sente um nó na garganta, apesar de já ter tirado a gravata. Ela já está na cama. Ele está na casa de banho. Entra no quarto: o bouquet em cima da mesa de cabeceira. Deita-se, mal disposto. Ela beija-o. Ele vira-se para o outro lado.

- Então?- diz ela.
-Vou dormir, tenho o estômago a andar a roda.
O bouquet não lhe sai da cabeça.

Perdoem-me o toque machista, bem sei que há situações simétricas. Mas hoje apeteceu-me ser a Rita Ferro.
sexta-feira, março 19, 2004
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Blarghhh
Aviso
As imagens que se seguem podem ferir os leitores mais susceptíveis.



Post especialmente destinado a bulímicos que não gostam de por os dedos na boca. Nem os da mão direita nem os da esquerda: sem maniqueísmos.

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Familiares das vítimas de Entre-os-Rios desistem de pedir julgamento de areeiros
A pontual privatização do processo penal provoca estas situações duvidosas: terão sido razões jurídicas ou terá acontecido aqui algo de extra-jurídico?
Fica a pairar a desconfortável suspeita...
quinta-feira, março 18, 2004
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Atrevimento no campo da sociologia política
Os limites inerentes ao sistema democrático representativo estão à vista de todos, tal como os resultados perversos a que muitas vezes conduzem. Um daqueles que me provoca mais angústia prende-se com o conceito de vontade popular. O que é isso de vontade popular? Como é possível ficcionar-se, a partir de um conjunto de decisões indiviudais e intrasnmissíveis, uma vontade geral una? Será correcto fazê-lo? Mais do que isso, fará algum sentido ou terá algum valor?
Dois actos eleitorais recentes vieram, na minha opinião, dar uma nova vitalidade à democracia e sobretudo serviram como reforço da fé de muitos que, como eu, e apesar de tudo, semrpe nela foram crentes. Refiro-me às eleições legislativas espanholas e às útlimas autárquicas portuguesas. Ambas demonstram que o eleitorado flutuante, que normalmente decide, nas democracias europeias, o vencedor, é um eleitorado esclarecido. Digo isto, porque resulta óbvio que o motivo central de um resultado tão pouco coincidente com as sondagens, é uma reacção do referido eleitorado contra a manipulação, a arrogância e um certo paternalismo bacoco que mutias vezes prepassa a relação candidato/eleitor. Esta supresa é particularmente agradável, visto que cada vez mais nos sentimos oprimidos por um sistema político onde a venda de um produto, segundo os cânones do marketing, surge como o mais decisivo e fulcral factor de sucesso. Quer o PP em espanha, quer o PS nas últimas autárquicas em Portugal foram, na minha opinião muito justamente, penalizados pelos comportamentos referidos.
A grande mensagem de esperança reside tanto no estímulo negativo que estes resultados provocam sobre a demagogia fácil como no incentivo que constiutem a um diálogo político mais transparente.
Deles se conclui também que esta credibilização da vida política não é de sentido único: tão arrogante e manipuladora pode ser a esquerda como a direita. Sem maniqueismos nem clubites partidárias aguardo por uma política que se funde mais no debate de ideias e menos no show off, orquestrado por criativos publicitários brasileiros...

quarta-feira, março 17, 2004
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Coerente
Lobo Xavier é um homem notavelmente coerente: é incrivelmente parcial tanto na política como no futebol. Trascrevemos aqui o seu onze ideal que se insere neste artigo escrito no Público.


Vítor Baía; Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Nuno Valente; Costinha, Maniche, Deco, Figo e Simão Sabrosa; Pauleta.

Resta-nos desejar a melhor sorte do mundo ao F.C. Porto para o Europeu que se realizará em Junho. Pena que não joguem sempre nas antas, pois vai ser difícil jogar fora (Luz e Alvalade).


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E porque nem só de alarvidades é feito o mundo


Station Agent
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Variações sobre alarvidade
"Constituição não oferece segurança aos portugueses" - Alberto João Jardim

" Alberto João Jardim não oferece segurança aos portugueses"- Constituição

" Alberto João Jardim não oferece segurança à Constituição"- portugueses

segunda-feira, março 15, 2004
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Resposta ao complexo de Aljubarrota do Pedro
Maniqueísta, isso sim... maniqueísta é o que tu és.Tu és mesmo muito maniqueísta... Bolas!
(como não dominamos o html, optámos pelo modelo da polémica interna)

E para o Pedro Torpedo : Não me digas que gostas mesmo de música experimental!


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Experiência Experimental
Chegado de um concerto de música experimental, permito-me duas observações, uma sugestão e três perguntas:

Observações:
- Desligar o telemóvel é desnecessário: se tocar não se percebe, e até pode ficar bem no conjunto de sons.
-É bom ter aspirinas, ou comprimido com príncipio activo idêntico, em abundância e em bolso acessível.

Sugestão:
- Quem consuma LSD ou equivalente não se deve poupar a esforços.

Perguntas:

- Os músicos são surdos?
- É tão difícil tocar como é ouvir?
- Os tipos do Laptop estavam a jogar CM?

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Eleições aqui ao lado
Não resisto a transcrever uns versos de uma música que ouvi na Catalunha, em Setembro último. Aproximadamente era isto:
"Hey Jose Mari (Aznar)
deja la política
hacete rastafari"

P.s. (o.e.) Com pena minha, desconheço o nome dos intérpretes...
sexta-feira, março 12, 2004
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Desalinhos II - um minuto de silêncio por Madrid


"So why did I do it? I could offer a million answers, all false. The truth is that I'm a bad person, but that's going to change, I'm going to change. This is the last of this sort of thing. I'm cleaning up and I'm moving on, going straight and choosing life. I'm looking forward to it already. I'm going to be just like you: the job, the family, the fucking big television, the washing machine, the car, the compact disc and electrical tin opener, good health, low cholesterol, dental insurance, mor tgage, starter home, leisurewear, luggage, three-piece suite, DIY, game shows, junk food, children, walks in the park, nine to five, good at golf, washing the car, choice of sweaters, family Christmas, indexed pension, tax exemption, clearing the gutters, getting by, looking ahead, to the day you die."

Do guião de "Trainspotting". O negrito é meu.
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Desalinhos de um alinhado I - ou brincadeiras fonéticas
Parecer Parecer Parecer...
Onde fica o espaço para ser?
terça-feira, março 09, 2004
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"Cavaco Silva mantem silêncio sobre as presidenciais" in público

Sim senhor. Está mais polido, já não fala enquanto mastiga. Mais uma liçãozita ou outra de saber estar e é presidenciável.

sábado, março 06, 2004
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Novo Colaborador
Como podem constatar pelo post que está imediatamente abaixo deste, temos um novo colaborador. Sim, é mais um Pedro, e quando assim é tudo fica mais fácil. Torna-se desnecessária uma longa exposição de motivos: chama-se Pedro, escreve no Pedradas; clear enough... Conhecido por ter fundado o jornal (oh! deixemo-nos de merdas! se fosse conhecido escrevia num blog que não este). Esperamos-te rápido e certeiro como um morteiro, Perdo Torpedo.

Pedro
Porfírio

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Hola
Hola!
Queria começar por deixar uma palavra de simpatia ao Pedradas. Foi com
surpresa e alegria que recebi o convite do Porfírio para participar neste
blog. Foi com surpresa porque não percebo rigorosamente nada de política,
futebol, arte, televisão e essas coisas todas de que vocês, pessoas com olho p'ra vida, falam. E alegria, porque nem para festas de aniversário me
convidam...
Pensei em imensas coisas - com um dicionário ao lado, ora bem - sobre as
quais escrever mas cheguei à fatal conclusão de que só percebo de rua. Para quem não sabe, sou de Setúbal, um dos raros sitíos no mundo que tem uma prisão frente a um hipermercado. Apesar de tudo, gosto do sitío - há que manter a cena real - e aprendi imensas coisas...
Espero escrever "posts" (é assim que se diz, não é?) mais inspirados e
menos "sou-um-pseudo-qualquer-coisa-cheio-de-falsas-modéstias-sem-namorada-que-a-seguir-vai-bater-uma-à-conta-de-um-filme-erótico-descodificado-mas-que-de-vez-em-quando-cita-James-Joyce".
Bem sei que não tenho a regularidade de um Derlei (eu bem disse que não
percebia de futebol) mas espero contribuir de alguma forma, não numa de
ataque, nem contra-ataque, com passes curtos e bonitos, para a existência deste Blog.

PS (não post scriptum)- Posso dizer caralhadas?

Pedro Torpedo (P.T.)


sexta-feira, março 05, 2004
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Cogitações aristotélicas
Os Internautas dividem-se em dois grandes grupos:
1º- os que abrem primeiro o site do público e em seguida o da bola;
2º- os que navegam pela ordem inversa

Insiro-me claramente no segundo. Será que sou mentecapto?
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Benvindos ao século XIX

"Os Estados norte-americanos do Dakota do Sul e do Wyoming decidiram abolir a pena de morte para menores, informou esta quinta-feira o Centro de Informação sobre a pena de morte." In tsf.sapo.pt


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Para consumo interno
És mesmo tu Pedro? Ou serão só as vozes da locura que nidificaram na minha cabeça aproveitando o eco do Blog vazio?
Depois da ausência do Criador (leia-se do Blog e, sim, és tu, Pedro) sinto-me agora, com o seu regresso, como o tipo que entrega as chaves ao amigo que acaba de chegar de uma viagem e que lhe havia emprestado a sua magnifica casa no chiado, para aquele usar, durante a ausência do feliz proprietário. Mas estava quase a usucapir!
Sabes muito bem que, se houve algum vôo, foi apenas sobre um ninho de cucos.
A Xantipa também não dá sinais de escrita... Fico feliz por voltar a ler o teu humor inflamado, crítico e único. Um abraço do caseiro.

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A sério? Agora que falam nisso, confesso que já desconfiava!
CDS-PP: atitude de Ferreira Torres é "infeliz e inaceitável"
quinta-feira, março 04, 2004
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Wannabe
Perguntámos, a alguns desconhecidos cidadãos, quem seriam se pudessem escolher. Seguem as respostas.

Nome do desconhecido/ wannabe:

Paulo Portas/ Sra Tatcher (mas um pouco mais feminina)
José Mourinho/ José Mourinho
João Soares/ Mário Soares
Pedro Santana Lopes/ Sebastião José de Carvalho e Mello
Bagão Félix / João Paulo II
João Paulo II / Dudek ( tal como ele é polaco, tal como ele foi guarda-redes)
Dudek/ Oliver Kahn
Oliver Kahn/ Bagão Félix
Duarte Pio (não percebeu a pergunta)
Morais Sarmento/ Mike Tyson
Carlos Carvalhas (agurda instruções do comite central para uma resposta)
Durão Barroso/ Paulo Portas
Cavaco Silva/ bolo rei para todos
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Solteiro a dois
Escrever sobre coisas a dois é-me particularmente complicado (quanto mais não seja porque matematicamente o dois é mais complexo do que o um). As dificuldades começam na escolha das palavras: amor é uma palavra que me causa arrepios foleiros, pelo que fica aqui substituida pela ambígua locução "coisas a dois". Torneados os termos ficam os conceitos. Aqui há que ter um cuidado extremo: navegar por entre a atitude piegas e a atitude macho, visto que ambas me repugnam por igual. Esforçando-me por me manter afastado destas margens, começo inspirado por uma conversa com um amigo. Descrevíamos o processo de saída de relações complicadas. Primeiro aquela letargia estranha, o tudo sem sentido (um bocado piegas mas passa). Depois, e aos poucos, voltar a ter prazer com aquelas coisas que sempre nos fizeram felizes, como, por exemplo, um bom jogo de futebol, quer como espectador quer como praticante (um bocado macho, mas é para equilibrar). A terceira fase é fantástica: afinal conseguimos viver bem sozinhos. Somos felizes com tudo. Vemos a vida através de um filtro cor-de-primavera. Aqui chegados, restabelecidos e enérgicos, concluímos, ao fim de algum tempo: "epah, tenho de dividir isto com alguém"... ops...lá nos sentimos outra vez à procura de qualquer coisa. Fecha-se o círculo.
É aqui que entra o título. O que procuro é não mais nem menos que ser solteiro a dois. Não me perguntem exactamente o que isto significa, porque não sei. Apenas consigo adiantar que se encontrará perto de um ponto que resulte do cruzamento feliz entre o eixo "solteiro" (suave sensação de deambular sem destino) e o eixo "a dois" (suave sensação do sorriso cúmplice que antecede um beijo). Quando encontrarem avisem.
segunda-feira, março 01, 2004
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The meaning of life
Em tema de sentido da vida este foi um fim de semana profícuo:
-vi o filme homónimo dos monty pyton
-fui a um encontro nacional de dirigentes associativos
Rever o primeiro para poder perceber o segundo.

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